12.29.2004

De Novo? Essa nao!!!!

É, aconteceu de novo: estou sem internet. Aqueles malvados da utaonline...só porque eu ultrapassei meu limite mensal de 3 Mb para 4Mb... Feiosos.
Bem, entao fica assim: eu passei para dizer que nao venho. Quer dizer, venho sim, mas só ano que vem, ou assim espero, se nao acontecer nada realmente catastrófico. (ja falei pra voces que o bonitao quase colocou fogo na casa e explodiu o televisor? Fica pra proxima.)Menos mal que o ano que vem ta logo ali...Enquanto isso, vou fazer trico e ler um pouco, pra variar.
Os meus votos pra voces em 2005:
Boas entradas. E por favor, boas saídas também. Já estou com saudades, snif, snif...
ADENDO IMPORTANTE: Os usuarios da casa ja estao sabendo, mas a quem vem pela primeira vez, fica o convite para o CLUBE DE LEITURAS: Passem no LLL (O endereco esta ai do lado: O Outro Alexandre:LLL, sorry, nao consigo fazer o link), aposto que voces vao gostar da ideia. Assim que der, escrevo mais sobre o assunto.

12.27.2004

Sobre Cachorros e Bebês

Que a Europa além de ser o Velho Continente é também um continente de velhos, todo mundo já sabe. Encontrei na internet dados que indicam o n° de 1,5 filhos para cada família. A média considerada ideal é de 2,1 filhos por casal. Aqui, o governo faz uma campanha de incentivo, com ajuda financeira (cerca de € 416,00 ), valor que aumenta à cada filho.
-Filhos são poucos, mas cachorro, eu vejo muitos. Inclusive cachorros passeando em carrinhos de bebês. Lembro sempre do Eduardo Dusek .
-O cuidado com crianças aqui não é um fato que diga respeito somente às mães, como geral e majoritariamente acontece no Brasil. O n° de pais que saem com as crianças, levam-nas a passear, ao médico, à escola, vão a reunião de pais, etc, etc, é quase igual ao n° de mães. Homens com carrinhos de bebês ou acompanhados de crianças maiores a caminho do supermercado, na fila do banco, ou simplesmente a passear indicam que – pelo menos visual e teoricamente - a responsabilidade com o cuidado dos pequenos é compartilhada.
- É comum, infelizmente comum demais para meu gosto, encontrar cachorros e seus respectivos donos em restaurantes, bares, ônibus, bondes, shoppings. Não, eu não me acostumo com isso, ter que viajar ao lado de cachorros ou vê-los ali, ao meu lado na mesa que reservei para o jantar...Por outro lado, acho surreal olhar pela janela e ver pessoas passeando na neve com seus cachorros
-Também não sei o motivo, mas raramente vejo bebês chorões. A princípio achei que talvez a maioria estivesse hibernando, afinal estamos num pais de clima frio. Mas não, vejo-os acordadinhos e calminhos. Outra coisa: as crianças aqui, desde novinhas, não correspondem àquelas brincadeirinhas típicas, tchauzinhos, nhenhemnhem e nhamnhamnhans. Eu às vezes sorrio para algumas nos ônibus e elas ficam me olhando, sérias. Me sinto como se tivesse levado um tapa na cara. São crianças, digamos, mais reservadas, se comparadas às nossas. Há exceções, é claro
- É raro, muito raro encontrar alguém, pai ou mãe, com um bebê no colo: estes estão sempre nos carrinhos. Ocasionalmente, vejo um dos pais com aquelas bolsas tipo canguru, onde o bebê vai a tiracolo. Mas é mais usual entre os estrangeiros, especialmente as africanas. Talvez seja essa falta de contato físico que explique o fato dos bebês não serem tão chorões. É, acho que é isso sim: nossos bebês, os brasileiros, choram mais ao se verem privados do contato. Se bem que então eu não consigo explicar os berreiros daqueles que vão nos colos dos pais. Ah, deixa pra lá, de bebês eu não entendo nada mesmo.
- Os ônibus e bondes tem lugares reservados aos carrinhos de bebês. As novas frotas já vem com um vagão especial sem degraus, onde o acesso é mais fácil. Quando não, e as escadas poderiam ser um empecilho, o motorista sai de seu lugar e ajuda o responsável a entrar no vagão. Devido à essa praticidade, as crianças utilizam o carrinho até os 4 anos (ou mais).
-Eu tinha mais alguma coisa para falar sobre cachorros, só que esqueci.

12.24.2004

Natal

Pois eu A-M-O o Natal. Das minhas melhores recordações de infância, fazem parte uma caixa que minha mãe deixava em cima do guarda-roupas: era lá que estavam os „enfeites de Natal“, com as bolas super frágeis que deveriam ficar fora do nosso alcance, mas nós sempre dávamos um jeito de alcançar – eu pelo menos: quando minha mãe não estava por perto, eu ia lá e ficava mexendo na caixa, amava aquilo, amava, amava, amava. E no final, sempre deixava uma das delicadas bloinhas cair no chão. Sinal de que eu ia apanhar...
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Minha mãe normalmente improvisava nossas árvores: como ela sempre gostou de plantas - e sempre as tivemos muitas – uma delas era a escolhida para ser a „enfeitada“. E até hoje eu acho bárbaro fazer neve-de-faz-de conta-de-algodão, guirlandas e o que mais vier. Morri de inveja da Nanda, ai como eu queria estar lá...
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Este é também o primeiro Natal sem meu pai , o terceiro sem mim. Fico imaginando minha mãe tão triste, tenho um sentimento de culpa me atropelando. Mais um motivo para querer estar lá. A filha ausente. Sempre a ausente.
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Aqui nós usamos pinheiros de verdade. Quase arrumei confusão com o bonitão: da minha família, trago o costume de montar a árvore de Natal no primeiro domingo de dezembro. Aqui, o costume – pasmem – é montar a árvore no dia 23 de dezembro. Eta, povim bárbaro. Bati pé, quero, porque quero: não foi no 1° domingo do mês, mas pelo menos a minha árvore já está pronta desde o domingo passado.
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Também já mandei os presentes para o Brasil, e sei que eles chegaram. Já me dei alguns presentes (que ainda não chegaram) e hoje, mais outros: estou me enganando que sou fluente em alemão; então me dei a „Montanha Mágica“, que custou €13,00 e - nossa, agora eu TENHO que ler - e comprei 4 volumes, encadernados em capa dura, dos russos: Dostoiewski, Tolstoi, Gogol, e Puschkin. Bestinha.
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Plágio: colei (mais ou menos) do Alexandre, do LLL:
Tem gente que não gosta de Natal, não acredita em Jesus, não gosta de comemorar a data. Tudo bem, cada um com seu cada qual, né? Pra esses, eu desejo uma boa noite. Sim?:)
E para aqueles que gostam da data, dos votos, dos cumprimentos, eu desejo um grande e realmente FELIZ Natal. E uma boa noite também, por que não?
Ah, sim:
Por favor, não se esqueçam do aniversariante, certo?



12.23.2004

Scheiße

Acabei de ler no último segundo que as mulheres magras devem morrer antes das gordinhas. Tô ferrada.

12.21.2004

Frio

Considerações Sobre o Frio:
* CONSIDERAÇÃO PRIMEIRA E ÚNICA:
Fazer frio, tudo bem. Mas fazer frio e ventar ao mesmo tempo é sacanagem.
Conclusões sobre o Frio:
* CONCLUSÃO PRIMEIRA E ÚNICA:
Geladeira: 7°C
Lá fora: -7°C.
Então, você conclui que está frio, mas muito frio mesmo, quando vindo lá de fora, pega a cerveja que está há dias na geladeira e tem a certeza de que ela está quente.

12.19.2004

Elas Mandam Bem. E Rápido...

Ou sobre a minha lentidão
Estou me sentindo a lesma grávida: ia escrever sobre o IKEA, a Maria escreveu antes. Ia contar pra vocês que eu não sou eu, a Mônica postou coisa parecida antes. Ia contar sobre as piores notícias que li (a pior notícia- recente - que me lembro de ter lido na minha vida foi essa aqui. Hoje, li essa também. Por favor, se vocês souberem de coisa pior, não me contem), mas não consegui fazer o link direito, aí a Denise escreveu antes. Hmpff, assim não dá, né meninas:)
Suas, suas, suas...competentes.
ADENDO: As piores notícias recentes falam sobre os bebês sequestrados ainda na barriga da mãe. Não consegui colocar os links, mas vocês devem ter lido na imprensa a respeito. O 1. caso aconteceu na Colombia, e o mais recente nos EUA. Osl inks:
”//ultimosegundo.ig.com.br/materias/mundo/1639501-1640000/1639639/1639639_1.xml/
e também:
”http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2004/12/041218_fetoaw.shtml/

12.18.2004

Diferenças Entre Brasil e Áustria?

O assunto já está meio velho, mas ainda provoca discussões acaloradas. No últmo Pisa-Studie – avaliação de ensino feita entre estudantes de 13/16 anos – referente aos anos 2000/2003, a Áustria teve um desempenho desastroso: de 8°, passou para o 20° lugar. A pior qualificação veio em Matemática, seguida de Ciências e por último, compreensão oral e escrita da língua. Os alunos foram qualificados de analfabetos funcionais – gente que lê e escreve, mas não tem noção do que leu ou escreveu.
Em tempo: os melhores resultados ficaram com Finlândia, Japão e Coreia, sucessivamente. Em 2000, a ordem da lista era Finlandia, Japão e Coreia.
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O marido austríaco de uma amiga foi à São Paulo. Em uma churrascaria, descobriu o sistema de placas verdes e vermelhas (quero mais comida/ dispenso mais comida - se é que entendi, não sou versada em churrascarias !). Ficou absurdamente chocado ao descobrir o funcionamento: o cliente prova um pedaço da carne, não gostou, deixa de lado, pede mais uma picanha, não gostou deixa de lado, prova um pedaço de frango, deixa de lado, pede mais não sei que, não gostou, deixa de lado, etc, etc.
-„O que é feito da comida que as pessoas deixam de lado?“, pergunta ele.
-„Ora, o restaurante joga fora“, responde alguém.
Comida, aqui na Áustria, é coisa sagrada, principalmente entre a população mais idosa. Mesmo as pessoas da nova geração refletem esse comportamento: gente que viveu nos tempos da guerra, sem ter o que comer, sabe bem o valor de uma refeição, e ensina isso aos filhos.
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Houve uma época em que eu estava viciada em salada de trigo. Minha mãe apelidou de comida de passarinho, e dizia:
-“Se você continuar comendo pouco assim, seu estômago vai acabar diminuindo, você não vai mais conseguir comer direito...“
Não conheço nada que dê embasamento científico, mas mãe é mãe, né:), acho que ela acertou: não consigo comer muito, ainda que eu gostasse (e eu gosto), meu estômago simplesmente não aceita. Então, encarar menus como os que são servidos aqui, é um pouco demais para mim.
Certa vez, logo depois de minhamudança, cometi o pecado de pedir o menu, ignorando o que havia incluído: sopa, salada, um prato a base de ovos e carne salgada, um outro prato que não me lembro e de sobremesa, Strüdel. É claro que ao fim da sopa já pedi para jogar a toalha. A dona do restaurante me olhou chocada e balançou a cabeça, repreensivamente. O bonitão tentou me salvar, comeu minha porção além da dele, explicou para a dona que eu era brasileira, ainda não acostumada com a comida, etc, etc. Mas aos olhos dela eu era a DESPERDIÇADEIRA.
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Aqui há uma loja de origem sueca chamada IKEA, o jardim de infância dos adultos. A Maria do Montanha Russa escreveu um post falando justamente falando sobre essa loja, e o título é um dia na Disneylândia sueca. É o paraíso do consumo, e eu confesso que adoro ir lá. Um passeio no IKEA aos sábados , aqui em Graz, convence você – brasileiro inexperiente - de que a população austríaca não tem móveis em casa. As filas são imensas, os preços convidativos, e o design costuma ser muito original. Talvez ppor isso, sem exagero, as pessoas trocam de móveis praticamente a cada ano. Móveis NOVOS são trocados, eu quis dizer, a tal ponto que é comum virem pessoas mais pobres dos países vizinhos recolher e revender em seus países.
O bonitão mesmo tinha um guarda-roupas lindo. De madeira clara, pertenceu ao avô dele, mas ainda estava novinho, novinho. Trocou por outro do IKEA. Eu furiosa, fiquei pensando: „Que DESPERDIÇADOR.“
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Quantas diferenças, não...?

12.17.2004

Pessoas que vêm:

Míriam, obrigada pelas palavras doces. Acho você, sim, gentil, corajosa e muito, muito bem humorada!


12.15.2004

Pensamento do Dia

Sobre as Heranças

Com tanta, mas tanta coisa para eu herdar do meu ídolo , fui herdar logo as vírgulas. Por qual motivo, meu Deus? Não, antes que alguém diga alguma coisa, eu amo as vírgulas, se não, não as usaria tanto: elas estão espalhadas caoticamente por tudo o que o que escrevo. Salpico vírgulas desmedidamente. Demais. Mas preferia ter herdado outros talentos.
Ah, dispenso comentários debochados, sim☺



12.14.2004

Notícias de Mim

Ou: Ninguém perguntou nada, mas eu vou dizer.
Pois sendo:
Minha lista de presentes original era assim:
Lista de Presentes
1 - CD: Bloco do Eu Sozinho - Los Hermanos
2 - CD: Bonança - Los Hermanos
3 - Livro: Rosário de Minas - Memórias e Sugestões, Octavio Mello Alvarenga
4 - Livro: Como e Por que Ler os Clássico, de Ana Maria Machado
5 - Grande Sertao Veredas (pode ser de sebo, viu?)


Eu já ganhei:
1-PERDAS E GANHOS -LYA LUFT.
2-OS CUS DE JUDAS -ANTONIO LOBO ANTUNES
3-SE UM VIAJANTE NUMA NOITE DE INVERNO- ITALO CALVINO


Ainda vou ganhar:

4 - Livro: Como e Por que Ler os Clássico, de Ana Maria Machado
5 – Os 2 CD’s dos Los Hermanos, inclusive o que não é Bonança e sim Ventura (obrigada, Barbra Brusk).


Fui eu mesma que me dei. Os livros estão à caminho, ela já me mandou (mas ainda não chegaram. E eu, bobona, achei que o frete do Submarino ficaria mais barato para o Brasil e de lá em remessa particular para a Áustria. Não contava com o aumento de tarifa dos Correios, aqueles astuciosos). Mas como eu ia dizendo, fui eu que me dei os presentes. Quero tornar público meu agradecimento. Obrigada, Felicia. Se todos me amassem como você, meu mundo ficaria mais completo.
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Ninguém perguntou nada, mas eu vou dizer II.
Pois sendo:

Meu nome é Felicia Luisa. Sem acento em nehum dos ii. Não é por nada não. Mas eu queria que vocês soubessem...

12.12.2004

Hoje

Finalmente nevou, e eu amo neve: em filmes, livros, gravuras. Até mesmo ficar olhando pela janela enquanto os flocos caem eu acho bacana. E só. Mais que isso é masoquismo.

12.11.2004

Últimas notícias da Áustria

Acaba de ser confirmado pelos médicos austríacos: Yushchenko, líder e candidato da oposição na Ucrânia, foi realmente envenenado.
Fiquei sensibilizada com o drama pessoal desse homem, imagine, ser envenenado, que coisa mais impensavelmente fora de moda, tão fora de moda que nunca imaginei que alguém ousasse fazer isso com uma pessoa qualquer, quiçá com um político famoso.
O pior é a paranóia delirante em que ele deve estar vivendo. Coisas simples, como acordar e desejar müsli no café da manhã se tornam um verdadeiro drama. Por exemplo, ele olha detalhadamente a maçã e começa a ter pensamentos desconfiados a respeito: „Hmm, essa maçã não me parece muito saudável“. Então opta por um simples pão com café. Mas o pó de café pode ser mais perigoso do que aparenta, vai lá saber. Assim, ele decide tomar café na padaria do português Joaquim, imigrante há mais de 60 anos na Ucrânia, que o conhece desde que ele não era um político famoso. E quem poderá garantir que o português também não foi cooptado? Yushchenko decide então ir para um bairro desconhecido, fazer o desejejum num lugar qualquer onde ninguém pode imaginar que ele iria alguma vez. Mas como esquecer que os ucranianos estão ali, tete-a-tete com os russos, os melhores enxadristas do mundo, gente acostumada a raciocínios difíceis? Certamente que essa hipótese, todas as hipóteses já foram pensadas pelo inimigo.
Pronto, a paranóia está instaurada. Como se ver livre desse pesadelo? De qualquer modo, já se passaram mais de 18 horas desde a hora em que Yushchenko acordou, ele provavelmente desiste do café da manhã e começa a pensar no jantar. E o círculo está instaurado, o drama de ter que decidir o que comer e em quem confiar se repete.
Pensei em ajudar de alguma forma, e a única coisa que me ocorreu foi passar para ele o telefone daquela moça, jurada do Sílvio Santos. Não sei bem se era a Mara Maravilha ou Sol, a que só se alimenta de luz. É sério, viver em paranóia é fogo.

12.08.2004

Fechado para balanço

Motivo: libriana em crise. Reabre amanhã. Librianos como eu sempre mudam de idéia. Só não decidi ainda qual idéia a mudar...

12.05.2004

Meu Pai

Hoje é também aniversário da morte de meu pai.
Há quatro meses ele partia, não sei prá que destino.
Existe uma lenda que diz que as pessoas, quando morrem viram estrelas. Será?
Não sei, só sei que sinto a falta dele como nunca achei que fosse sentir. Tälvez porque tenha me preparado tanto para o dia em que ele fosse embora, já que ele estava adoentado, eu não tenha sentido um baque tão grande no momento. Mas agora...
Sabe, ele não era lá uma pessoa de muitas palavras. Sempre calado e, como ele mesmo gostava de se definir, muito "sistemático". Mas era uma boa pessoa boa, meu pai.
A gente tem sempre a mania de "endeusar" os que partem, mas não é isso o que quero fazer. Sei que meu pai tinha seus defeitos (vários), mas não posso me esquecer das boas coisas que ele me ensinou. Sabe, aqueles valores que você carrega para toda a vida, como ser bem-educado, tratar todos como um igual, não querer ser superior a ninguém, não desmerecer ninguém, compartilhar sempre.
Existe uma frase de que ele gostava muito: Fazer o bem sem olhar a quem.
E, sendo homem de pouca conversa, mesmo não sabendo como levar um bate-papo, ele conseguiu me incutir tantas coisas boas...
Hoje sinto saudades dele, como se sente saudade de algo que não se viveu em toda sua plenitude.
Bom, se ele virou uma estrela, tenho certeza de que me guia pelo caminho.
.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.
Copiei esse texto da minha irmã.

Krampus, Natal e Dia de Reis

Hoje é o dia do Krampus aqui por estas plagas. Me lembro de ter lido a 1. vez sobre eles em não sei mais qual livro, muito e muito tempo atrás. Era a história de um médico n*azista, responsável por vários experimentos cruéis e mortes nos campos de concentração e que ao fim da guerra foi se esconder numa pequena cidade europeia, talvez na Alemanha mesmo, não me lembro. Mas nesta cidade, foi reconhecido por sobreviventes judeus que arquitetaram o plano de matá-lo para se vingar. Para isso, esperaram o dia 05 de Dezembro, se fantasiaram de Krampus, e foram atrás do médico, que se não me engano, foi morto a pauladas. Vou perguntar para minha irmãzinha o nome do livro, e quando souber, digo aqui.
Sobre os Krampus mesmo, e suas origens, fui pesquisar no Google, mas não encontrei muita coisa. Eles são algo como os assistentes de Papai Noel. Só que aqui, Papai Noel mesmo, assim como estamos acostumados também não existe.
Bem, mas vamos por partes: krampus são a encarnação dos demónios do inverno, e é assim mesmo que eles se trajam: com roupas e máscaras de demónios, realmente muito feias e uma bolsa enorme nas costas; saem arrastando correntes e fazendo um barulho que, somado ao visual, os torna francamente assustadores. Eles tem a função de fazer o “balançø anual” entre as crianças: saber quem destas foi um bom menino - e que terá direito a saquinhos com bolos, pães com frutas cristalizadas, chocolates e outras guloseimas -, e quem não se portou bem. Os Krampus ameaçam sequestrar e levar em suas sacolas as crianças deste último grupo, alem de castigá-las com varas (tipo varas de marmelo, tá gente? Cruz, aqui a gente tem que explicar tudo nos miiinimos detalhes. Eu hein?!) para que elas aprendam a se comportar bem.
Já amanhã é o dia de Sankt Nikolaus, que leva uma certa semelhança como nosso Papai Noel, e não apenas nos trajes em tons de vermelho. É uma tradição muito viva ainda: É ele , também conhecido como Weinachtsman (o homem da noite de Natal), quem traz os presentes, no dia 06 de Dezembro. Na família do bonitão, por exemplo, era o pai dele quem interpretava o Weinachtsman: com o manto vermelho e máscara, ele trazia um caderno onde estava listado tudo o que as crianças – no caso, o bonitão e seu irmão - haviam feito de bom e ruim durante o ano, e só depois de ler os feitos de cada um, distribuía os presentes. É claro que as crianças nem imaginavam que era o pai delas que estava ali fantasiado, e ainda, segundo o bonitão, era desconcertante como o “Weinachtsman sabia tudo o que nós havíamos feito de bom e ruim.” Hmmpf, fiquei com inveja da infância dele. Ah, esquece. Tive Natais maravilhosos também...
Alem disso, existe aqui também a tradição das árvores de natal, enfeitadas com velas que só serão acesas na madrugada do dia 24. Há a entrega e troca de presentes, feita no dia 25 de Dezembro. As crianças acreditam que esses presentes são trazido pelo Christkind. Não sei traduzir isso: Christ é Cristo, Kind é criança, entendam aí como acharem melhor, certo? Na noite de Natal, como na tradição do nosso Papai Noel, o Christkind vem escondido. Os adultos arrumam um jeito de colocar os presentes sob a árvore sem que as crianças percebam, e depois dizem que “o Christkind passou por aqui agorinha, agorinha...”
E por último, ainda tem aqui em Janeiro, o dia dos 3 Reis Magos. Eu sou de uma cidade relativamente pequena, por isso ainda tive a chance de assistir à Folia de Reis, espero que vocês também, pois é bem legal. Pois bem, aqui essa comemoração também é diferente, apesar da origem ser a mesma – a adoração do menino Jesus pelos 3 Reis Magos: no dia 06 de Janeiro, três pessoas, quase sempre crianças, vêm á nossa porta, entoam canções e/ou contam histórias sobre o nascimento de Jesus, a adoração em Belém e a perseguição de Herodes. Ao final, recolhem algum dinheiro – não sei para que - , e escrevem com giz sobre nossa porta a expressão C+M+B, seguida do ano corrente. Até há cinco minutos atrás eu achava que essas eram as inicias de Caspar, Melchior e Balthasar, mas resolvi pesquisar o tema no Google e encontrei a expressao “Christus mansionem benedicat”, ("Christus segne das Haus") que quer dizer Cristo abençoa esta casa. Fiquei em dúvida. Só posso dizer que no ano passado, quando as 3 criancas tocaram a campainha daqui de casa, habitada por gente pão-dura, nós fingimos que estávamos dormindo. Sem comentários.
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Pra me penitenciar da pão-duragem, se eu sair hoje à noite, faço umas fotos dos Krampus e posto pra vocês, fica certo assim?

12.01.2004

Uma Idéia Legal

O O Alexandre, lá do LLL teve uma idéia bacana: Criar uma lista com os melhores livros de ficção de todos os tempos, lista feita pelos leitores do blog. Até aí, nada demais. O que eu achei bacana mesmo foi a possibilidade de criar(mos) um Clube de Leitura. Eu pergunto para os meus cinco seletos leitores: O que é que vocês acham? Tem um blog listado aí do lado A Cadeira - que teve uma proposta semelhante, mas infelizmente "fechou" faz tempo. Eu nunca quis deslinkar pois achava interessante manter a idéia desperta. E agora, parece que vamos ter chance de brincar a sério de novo. Vamos participar? Sugestões lá para o LLL, certo?
 
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